terça-feira, 5 de julho de 2011

Backup: Entendendo o básico

Matérias sobre backups existem aos montes. Se imprimir todas elas, a pilha de papel provavelmente ficará maior que uma daquelas antigas enciclopédias. Mas por quê não lemos, ou mesmo lembramos do maldito backup, a não ser quando temos problemas? Acho que um dos motivos é simplesmente não saber por onde começar, ou então achar que isso vai ser muito dificil e chato. Vou tentar abordar o feijão com arroz em 5 minutos ou menos.

Backup é apenas manter cópias dos seus arquivos mais importantes, da forma mais atualizada possível, para nos prevenir quanto à problemas idiotas. Isso mesmo, idiotas. Isso é o mínimo que nomeamos o problema quando ocorre. =D Faltou energia no prédio, no meio da tarde, e o relatório que você estava lendo ficou corrompido pelo computador e se perdeu. Não é algo idiota de acontecer? Pior é que muitas vezes não tem como recuperar algo corrompido.

Restore é como fazer para pegar a cópia de segurança feita no backup, e colocar novamente no local que usamos para trabalhar. É como escolhermos o programa de backup pensando na facilidade e segurança da cópia, e esquecemos de ver se também é fácil de pegar a cópia de volta.

Para usuários em geral, as palavras-chave são "arquivos mais importantes" e "facilidade".

Se você considera tudo importante, inclusive os filmes que você fez download, então vai gastar muito dinheiro comprando discos adicionais. Eu sugiro que avalie pensando da seguinte forma: quais arquivos vão me gerar prejuízo real se acabar perdendo? A lista vai cair bastante, ficando algo como currículo, relatórios, trabalhos dos últimos 3 semestres da faculdade, etc.

Falando de facilidade, precisamos pensar no backup e no restore. Existem programas muito simples (listarei alguns em outra oportunidade), que permitem coisas como cópias automáticas do seu pendrive ou então para ele, ou então que colocam seus arquivos em uma pasta na internet protegida por senha, sempre que você ligar o computador.

Dúvidas ainda? Muitas né? Logo logo eu tento esclarecer em outro post.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

ABES não tem interesse no SL

Software livre tem participação de apenas 3%, revela ABES
Para entidade, apoio ao software livre não induz inovação e prejudica empresas brasileiras.

http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/06/27/software-livre-tem-participacao-de-apenas-3-revela-abes/

O debate sobre software livre persiste desde sempre. Mesmo entre profissionais de mesma função e empregador, as opiniões geralmente divergem ao menos um pouco. O que a ABES teria dito nesta matéria até que tem fundamento, mas é simplista e demonstra claro interesse dos empresários. Poderíamos colocar em dúvida a credibilidade de todo o comentário, simplesmente pedindo um levantamento da participação do SL quando focamos em servidores de rede; sabemos que é muito mais de 3% a utilização de SOs Linux e aplicações SL/GPL neste tipo de ambiente, só que isso não interessa aos empresários.

Pelo que já observei das "campanhas" desenvolvidas pelo Governo Federal, a intenção não é mudar a opinião das grandes empresas que gastam milhões em TI (e com isso têm condições de manter estruturas bem complexas e bancar eles próprios a qualificação de seus funcionários), mas sim, facilitar a implantação nas pequenas e micros, além de difundir o conhecimento e qualificar profissionais para a área. Se isto está ruim para os empresários, eles que foquem em outro público cliente! Ou será que a palavra "inovação" pra eles é restrita à tecnologia, e não à estratégias?

Por último: Quando eu falo em difundir conhecimento, é justamente disponibilizar de graça o que aprendi para os outros profissionais utilizarem. Se eu passei 1 ano juntando conhecimento sobre um assunto e o coloquei em uma ferramenta, por quê eu faria outro profissional perder o mesmo tempo? Se ele utilizar o meu conteúdo e aplicar logo, melhorar e/ou ampliar, e depois também disponibilizar, o crescimento geral não é mais rápido?

domingo, 26 de junho de 2011

Hackers com tempo

http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2011/06/22/hackers-atacam-sites-da-presidencia-do-brasil-e-da-receita-federal/

Faz uns 20 anos já, um rapaz nos EUA invadiu uma série de redes de computadores e foi tachado de hacker, um termo que se originou nos anos 50 por "fuçadores" que faziam alterações em equipamentos, hoje chamadas "gambiarras" (como sabemos, nem todas funcionam). Mas considerando que falhas em código foram chamadas de bug, o termo hacker está de bom tamanho. E já ficou tão difundido em outras línguas, que nem vale a pena colocar em itálico.

Mas o que eu realmente quero comentar é que o hacker ficou mal afamado. Se alguém faz algo numa rede sem ter autorização prévia, toma-lhe o nome hacker. Principalmente se for em algo oficial ou de uma grande empresa.

Engraçado é quando alguém emite uma notícia com a palavra no plural, "hackers". Ninguém assumiu a autoria, mas como existe uma equipe de segurança, supõe-se que seria preciso várias pessoas para causar algum dano. Esta notícia que mencionei é um exemplo.

Já notaram que quando encontradas as pessoas, o perfil é muito semelhante. Geralmente jovens abaixo dos 25 anos, com vida social restrita, e muito, mas muito tempo para ficar fuçando. Alguém já leu sobre um pai de família ou um empresário ser suspeito de ter invadido e/ou danificado uma rede? Eles têm mais coisas pra se ocupar com corpo e mente. Muitos já sabem que um garoto de 11 anos pode fazer um ataque DDoS e ferrar com um website, mas se divulgarem desta forma, não é mais notícia e o repórter perde o emprego. Mas se você quer mais do que derrubar o site, escarafunchando nos dados da rede e outras coisas, vai precisar de horas e horas de estudo.

Agora eu pergunto para você: por que estas horas não foram dedicadas pra algo hacker e útil para a sociedade? Se quer ser um hacker outlaw, então seja Robin Hood digital. Encontre informações importantes, intercepte coisas comprometedoras de políticos, tal como chamadas telefônicas ou câmeras de segurança, e divulgue. Derrubar site da Receita prejudica muito mais o povo do que o Governo, que vai tomar a medida mais óbvia: gastar mais alguns milhares ou milhões do nosso dinheiro, procurando culpados e tentando melhorar a segurança. Enquando isso, o povo ficou sem o site da Receita (sim, muita gente acessa e precisa dele diariamente).

Pra terminar, cito o movimento Transparência Hacker (http://thacker.com.br/), que procura por informações "nem tão divulgadas" sobre políticos e chega até a elaborar estatísticas e outras avaliações. Não é preciso furar um firewall para ser reconhecido.

Agora vou tomar café.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sobre o blog

5 minutos. O blog tem só 5 minutos de vida, e um amigo chato já tem perguntas difíceis. eheheheheh

Por que ao invés de "informática", não chamou de "tecnologia" ou mesmo de "TI"?
Tecnologia ou TI são palavras que algumas pessoas mais leigas da área simplesmente não gostam de ouvir. É comum pessoas de mais idade ou de áreas bem diferentes comentarem "não entendo nada disso, sou apenas um usuário", e a minha intenção é justamente discutir de forma simples e aberta, estimulando o interesse. Para o que tenho em mente, a palavra "informática" é tão antiga e abrangente que achei mais apropriada.

Por que não colocou um visual melhor e mais moderno?
Simplesmente porque criei o blog agora. Me dê um tempo e eu deixo ele melhor. Nem sei se alguém vai ler. :D

O primeiro post não é sobre informática.
Não, não é! Mas achei apropriado justamente por isso. Termos como "código aberto", "servidores" e "rede sem fio" são muito fáceis de entender, mas muita gente ainda não conversa sobre estes assuntos por considerar eles muito técnicos e aplicáveis somente à informática. Mostrar estes mesmos conceitos em outras áreas talvez ajuda estas pessoas à entendê-los.

Máquinas Open Source

http://opensourceecology.org/
Essa eu recebi na lista de discussão CISL.

A idéia dos caras é desenvolver projetos de engenharia no formato "código aberto", ou seja, eles seriam amplamente divulgados e disponíveis. Por enquanto estão restritos à engenharia mecânica de maquinários para o ambiente rural, mas a coisa vai evoluir.


Quando eu estava na faculdade há alguns anos, cheguei a discutir com um grupo de colegas o que mais além de software poderia ter uma iniciativa "open source". Entre diversos tópicos que eu poderia mencionar aqui, 1 deles era o processo de construção de maquinário em geral. Pelo que me recordo, chegamos a conclusão de que tal iniciativa seria muito arriscada, apesar de ser muito, mas muito, interessante.

Vou explicar porque chegamos à esta conclusão:

A construção e fabricação de máquinas envolve, entre outras coisas, o estudo da segurança do equipamento. Mesmo que o seu projeto esteja bem claro e detalhado, a pessoa que vai construir o equipamento não seria necessariamente um expert no processo de manufatura a ser utilizado, resultando em máquinas que podem apresentar riscos para seus usuários. Não me refiro somente ao risco de morte por explodir o motor do trator (ehehehe), mas à todos os riscos. Ao utilizar uma semeadeira à diesel onde você empurra tal como um carrinho de mão, pra onde vai a descarga de CO2? Ao pilotar aquele trator multipurpose, em quanto tempo o usuário apresentaria problemas de coluna?

Alguém pode me responder dizendo que vai do bom-senso de quem vai construir, seguir as recomendações de segurança do projeto ou até melhorá-las. E eu vou concordar completamente com este argumento. Mas é preciso lembrar que muitas pessoas "se acham capazes" de trocar um chuveiro e tomam choques elétricos fortes por ter esquecido um detalhe ou outro, então, imagine ao construir máquinas.

Ou seja, na minha opinião, um projeto como este é extremamente válido, mas o acesso à tais informações deveria ser regulado. Veja, não estou dizendo comercializado ou algo assim, mas regulado, controlado, acompanhado. Associações de classe, tal como da industria metal-mecânica, poderiam realizar eventos ou criar sites para associados, onde tais projetos estejam acessíveis para quem tem um mínimo de competência para a fabricação destes equipamentos. Assim, poderiam surgir pequenas fábricas, concorrentes entre si, e incentivando a economia local, até mesmo o mercado de trabalho.